quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Os coelhos, as pilhas duracell e o coelhinho da Páscoa

Hoje apeteceu-me escrever sobre coelhos, afinal é um dos animais (logo a seguir aos cães, pintos e pombos) que mantenho há mais tempo. Ainda eu não era bem eu quando começou a minha história com os coelhos. Aos 4 anos recebo um coelho "de tacho" que insisto em não humanizar, mas sim "caninizar" (nova palavra buzilesca que incute características caninas a outro qualquer animal). Este coelho - o perna-longa (claro) foi o meu primeiro lagomorfo, habituado a andar desde cedo de trela, pelas ruas do Entroncamento. Era um coelhinho mal-educado que teimava em marcar com urina quem por ele passava e morder qualquer um que se aproximasse à excepção da criança maluca de 4 anos e tal que achava superior a si. Morre 11 anos depois, velho, cansado e epileptico, mas nem por isso menos companheiro ou menos coelho, ou mesmo menos mal-educado.

Parece não ter qualquer sentido esta mensagem e esta minha recordação, mas tem. Escrevo sobre agressividade nos coelhos. A agressividade nos coelhos é uma realidade muito mais frequente do que se possa pensar. Os coelhos não são animais sociais e são extremamente territoriais e se não soubermos dominar um coelho ou "ler" os pequenos sinais que nos enviam podemos mesmo ter um grande problema entre mãos. Deixamos de ter o coelhinho da Páscoa ou o cor-de-rosa das pilhas duracell e passamos a ter um verdadeiro Diabo da tansmânia com grandes demonstrações de força e poder por parte desta presa, que apesar de presa não lhe falta a coragem.
É necessário, antes de pensar em adquirir um coelho estudar um pouco sobre controlo de agressividade. Para isso há regras essenciais a seguir, como tratar um coelho como nosso subordinado e ter atitudes "próprias de coelho". Passo a explicar, os coelhos montam-se mutuamente para definir quem é mais forte - um dos modos de de controlar o nosso coelho é imobilizá-lo até que pare de se debater (temos de ter cuidado em como agarramos o coelho, já que é sensível), outra das regras essenciais é nunca ter medo. Se nos bate a pata por invadirmos o território, é invadirmos quantas vezes for necessário.
Além deste aspecto, a agressividade do coelho tende a ser um sinal de pouca estimulação mental, logo quando temos um coelho agressivo pode significar que há algo que estamos a fazer mal.
Há que existir consciência que o coelho fofinho é um animal como os outros que necessita da educação certa para a espécie certa.
Deixo aqui um artigo que, na generalidade, gosto bastante e é simples para quem nunca abordou este assunto.
http://www.rabbit.org/journal/2-2/mean-rabbit.html

Este é o dedo de uma amiga, após ataque de coelhinho fofinho. Seria evitável se se soubesse ler os sinais de agressividade :;): infelizmente tal n foi possível e ficou assim.

1 comentário:

  1. Possas ... realmente não sabia que os coelhos podiam ser agressivos.

    Fica realmente a informação bastante importante !

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